Licenciatura em Arqueologia

Objetivos

Nas aulas tutoriais os estudantes de Arqueologia serão dotados de ferramentas que lhes permitam compreender o funcionamento, enquadramento legal e potencialidades dos diversos tipos de trabalho arqueológico, à luz da lei e regulamentos em vigor.
Deverão, em paralelo, preparar-se para desenvolver trabalho prático, apreendendo e sedimentando conceitos, assim como as diversas metodologias aplicáveis à escavação e registo.

Já em contexto de trabalho de campo, os estudantes deverão alcançar os seguintes objetivos:
- compreender as dinâmicas do trabalho de campo em Arqueologia nas suas diversas vertentes;
- experimentar diferentes ferramentas e desenvolver actividades essenciais ao bom funcionamento das intervenções no terreno;
- identificar e manusear materiais arqueológicos em contexto de escavação;
- compreender a importância do registo de campo e aprender a realizá-lo com rigor;
- adquirir competências e boas práticas aplicáveis em distintos contextos de trabalho.

Resultados de aprendizagem e competências

A frequência desta Unidade Curricular deve dotar os estudantes de competências que lhes permitam realizar diversas vertentes do trabalho de campo em Arqueologia, garantindo que no final do 1º ciclo tiveram experiência direta a este nível, nomeadamente em escavação. Pretende-se ainda que adquiram competências no domínio da utilização de cartografia e meios de georreferenciação, preenchimento de bases de dados arqueológicas, técnicas de intervenção e registo em campo, métodos de recolha de materiais arqueológicos e elaboração do diário de campo, áreas essenciais ao futuro exercício da profissão.


Programa

1. Enquadramento legal do exercício da atividade arqueológica.

2. A prospeção e o registo de sítios.

3. A escavação (experiência de campo):

3.1. A definição rigorosa da(s) metodologia(s) a aplicar, a preparação do terreno e a organização do trabalho de campo, nas suas diversas vertentes e componentes.

3.2. A adequação da prática arqueológica às exigências dos diversos tipos de contexto.

3.3. As modalidades de recolha, tratamento e separação dos materiais arqueológicos, em função da sua natureza e dos contextos de origem.

3.4. O registo de campo enquanto vertente de importância fulcral para o desenrolar da intervenção arqueológica e para a execução do trabalho de gabinete subsequente.

3.5. O preenchimento das fichas de unidade estratigráfica, a elaboração dos desenhos de campo e a realização das fotografias: regras e modelos a seguir para a consolidação de boas práticas.

3.6. Primeiros ensaios de interpretação do registo arqueológico.

4. Elaboração de relatórios de trabalho de campo: normas e documentação necessária.

- Aulas Tutoriais: análise e discussão dos documentos legais que enquadram a prática arqueológica em Portugal; apresentação de casos práticos, passíveis de suscitar a reflexão acerca do trabalho em arqueologia e das relações entre todos os agentes envolvidos; apresentação de metodologias de trabalho e realização de exercícios centrados na produção da Matriz de Harris.


- Trabalho de Campo: prática de escavação e registo arqueológico; tratamento e marcação de materiais.